Sao Tome
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Alcoolismo compromete a nutrição em STP e alimenta a pobreza

Na semana em que o Projecto de Apoio a Comercialização dos Produtos Agrícolas e Nutrição realizou a formação dos agricultores de 35 roças do país sobre a nutrição, a Organização Mundial da Saúde também divulgou um relatório que dá conta que 85% da população de São Tomé e Príncipe consome bebidas alcoolicas.

Nos arredores da capital São Tomé e nas cidades distritais, o alcool domina o dia a dia da maioria das pessoas. Nas roças o alcoolismo também é dominante.

Em parceria com o Instituto Nacional para Promoção de Igualdade e Equidade de Género, o projecto de apoio à comercailização dos produtos agrícolas e nutrição, realizou uma acção de capacitação dos agricultores em matéria de nutrição e o consumo do alcool.

Geny Amorim, quadro do projecto considerou que o alccolismo é um grande problema nas roças.

«Tem sindo uma preocupação para o governo o problema de alcoolismo que está enraisado nas comunidades agrícolas, é uma questão que precisa ser muito trabalhado..» afirmou.

Em nome dos agricultores das 35 comunidades, Walker Melo,   reconheceu que o consumo de bebida alccolica já se transformou num flagelo no meio rural.

O rendimento rensultante da venda do cacau, da banana, e de qualquer outra produção agrícola é canalizado para a bebida. Muitos agricultores alcoolatras praticamente não fazem uma refeição no dia. Apenas o alcool é consumido de manhã, tarde, noite e em alguns casos até a madrugada.

Um flagelo que é muito promovido pela própria classe política são-tomense, durante o periodo das camapanhas eleitorais. Um flagelo que prova a importância da luta comercial e jurídica que se instalou em São Tomé e Príncipe desde o ano 2009 em torno da fábrica de Cervejas Rosema. A bebida é o que mais vende no país. Um flagelo que alimenta a pobreza em São Tomé e Príncipe.

Recursos que deveriam ser canalizados para a compra de comida, de materiais escolares para os filhos, e outras necessidades básicas vão abaixo numa garrafa da ROSEMA(cerveja), no Gongo(copo de casca de côco) do vinho da Palma, e principalmente no copo da Cacharamba(bebida produzida com base na cana de açucar, a que se juntam diversos outros ingredientes que ameaçam a saúde).

Com uma população de cerca de 220 mil habitantes, o estudo divulgado pela OMS indica que 85% dos são-tomenses lidam com as garrafas, os gongos, e os copos.

Waley Quaresma / Abel Veiga