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Poluição Marítima: “dor de Cabeça” para as autoridades

Com uma área marítima 160 vezes maior que a terra, o arquipélago de S. Tomé e Príncipe, constituído por duas ilhas situadas no Golfo da Guiné, vive um grave problema relacionado com a poluição marítima.

Além dos navios que circulam nas águas territoriais santomenses, há muitas outras fontes de poluição.

«Temos os sacos plásticos, as diferentes más práticas, os esgotos que vão parar ao mar, as pessoas que deitam lixos nos rios que também vão parar ao mar, as pessoas que quando vão às praias não depositam lixos nos contentores. Tudo isso vai parar ao mar» – disse Sulisa Quaresma, directora-geral do ambiente.

Outra grande preocupação é que a principal baía do país está transformada num cemitério de embarcações.

“Nós temos que remover esses barcos, mas o processo de remoção é de elevado custo”- sublinhou Sulisa.

Tudo com consequências para a biodiversidade marinha do arquipélago.

«Os peixes acabam por absorver, ou confundir esses resíduos com alimento e acabam por morrer, o que prejudica, grandemente, a nossa biodiversidade marinha»- enfatizou.

 Na celebração do dia internacional do mar, o instituto marítimo e portuário convidou as diferentes instituições ligadas ao mar para uma palestra sobre o tema “a prevenção da poluição marítima em STP: as diferentes perspectivas”.

Para o ministro das Infra-estruturas, Recursos Naturais e Meio Ambiente, S. Tomé e Príncipe deve assumir as suas responsabilidades como um estado insular, onde o espaço marítimo é 160 vezes maior do que o espaço terrestre.

«Esta dimensão geográfica leva-nos ao entendimento de que devemos reservar uma maior atenção ao nosso mar, na medida em que grande parte dos nossos recursos naturais ali se encontram» – Sublinhou Adelino Cardoso

O “Tela Non” apurou que em preparação está um plano nacional para limpar o mar territorial de S. Tomé e Príncipe.

José Bouças