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Gabão suspenso da  Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) 

Foi a decisão mais relevante aprovada na cimeira extraordinária da CEEAC, a Comunidade Económica dos Estados de África Central, realizada esta segunda-feira, em Bata na Guiné-Equatorial. O Gabão, que foi tomado pelos militares na semana passada, foi suspenso da organização.

« A mais importante é a suspensão do Gabão de todas as actividades do CEEAC e pelo fato do Gabão ser também país sede, transferimos a sede da CEEAC para a Guiné-Equatorial e, pelo facto ainda do presidente Ali Bongo ser o presidente em exercício e estar impossibilitado, decidimos, seguindo também a ordem alfabética, que cabia a Guiné-Equatorial e o Presidente Obiang Nguema Basogo presidir a nossa comunidade» – disse Patrice Trovoada

 As decisões da CEEAC foram tomadas no dia em que o Líder golpista no Gabão, o general Brice Oligui Nguema, tomou posse como presidente do país.

«Fundamentalmente o que nós queremos é que os gaboneses saiam a ganhar na paz e no diálogo e um regresso, o mais rapidamente possível, ao normal funcionamento das instituições democráticas daquele país» – sublinhou o primeiro-ministro santomense.

A Comunidade Económica dos Estados da África Central decidiu enviar o presidente da república centro africana, Faustin Touadera, para Libreville, o mais depressa possível, para consultas com o novo poder estabelecido, com a oposição e a sociedade civil. A CEEAC defende um rápido regresso ao normal funcionamento das instituições, com a realização de eleições.

Para o primeiro-ministro santomense é preciso que os dirigentes africanos comecem a trabalhar na melhoria da governação e na credibilidade dos processos eleitorais.

«Não podemos tolerar golpes de estado, porque eles não resolvem os problemas económicos dos países. Os golpes militares transportam sempre insegurança que pode afectar não só a paz no interior dos países, mas também a paz na sub-região. No entanto, é preciso insistir que os processos eleitorais sejam os mais credíveis possíveis e continuar a insistir na boa governação, porque só através dela é possível o crescimento económico e social dos nossos países».

Na Cimeira extraordinária de Bata na Guiné-Equatorial estiveram presentes os presidentes de Angola, do Congo Brazzaville, da República Centro Africana, da Guiné-Equatorial, o primeiro-ministro de S. Tomé e Príncipe e o representante especial do secretário-geral das Nações Unidas.

José Bouças