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Primeira eleição na Universidade de STP elegeu uma mulher como reitora

Eurídice Aguiar é a primeira mulher eleita e empossada como Reitora da Universidade Pública de São Tomé e Príncipe.

A ministra da educação, ciência e cultura, Isabel Abreu disse que o acto representa a inauguração da democracia na Universidade Pública do país.

Com um vasto curriculum criado durante 14 anos de trabalho na Universidade de São Tomé e Príncipe, Eurídice Aguiar é a primeira mulher que ascende ao cargo de Reitora da Universidade Pública.

Licenciada em enfermagem, pós graduada em gestão integrada dos cuidados de saúde, mestre em recursos humanos e gestão de conhecimento, doutora em ciências de educação, a nova reitora definiu 4 eixos fundamentais para os próximos 4 anos de mandato.

Reforço de competências e valorização dos recursos humanos, ensino e aprendizagem, promoção à investigação, e maior envolvimento da sociedade.

«O nosso compromisso com os estudantes pretende ser altamente inovador, por contemplar uma reitoria para os estudantes, assuntos sociais e empreendedorismo», afirmou Eurídice Aguiar.

No acto de empossamentos que aconteceu no anfiteatro da Universidade de São Tomé, a nova reitora defendeu a externalização do saber, como elemento que promove «maior interacção com a sociedade, intervindo a nível de projectos, gestão, pesquisa, e ensino na sociedade».

Um momento de viragem de página da história da Universidade Pública. Pela primeira vez a líder do centro de ensino superior resulta de uma eleição.

A Ministra da Educação, Cultura e Ciência, Isabel Abreu realçou a singularidade do momento. «É pela primeira vez que uma mulher dirige a universidade pública de São Tomé e Príncipe, e uma mulher eleita democraticamente», frisou.

A democracia imposta pela ministra da educação permitiu também a eleição dos responsáveis pelas unidades orgânicas da Universidade.

«Cada um faz a gestão como sabe e como pode. E eu fiz a minha por eleição democrática. Se existe um decreto-lei que acompanha todo o processo da reitoria, eu não enveredei por outros passos», disse a ministra.

Mas,  até recentemente os reitores da Universidade de São Tomé e Príncipe eram nomeados por orientação política. Isto apesar da lei obrigar que fosse por eleição livre e transparente.

«Antes não aconteceu não sei porquê. A gestão não era minha. O decreto existe e apenas quis seguir o decreto. Não fui orientada para fazer nada de orientação política. Segui os trâmites legais», explicou Isabel Abreu.

Na verdade, a norma definida em forma de decreto-lei estipula que o reitor da Universidade é eleito pelos membros que integram a universidade. Uma uma comissão eleitoral deve ser criada. Os candidatos apresentam as suas propostas a todos os membros integrantes da Universidade incluindo os alunos, o pessoal docente e não docente, e depois realiza-se o acto eleitoral.

Uma norma legal que foi implementada pela primeira vez na história da Universidade Pública de São Tomé e Príncipe.

Acácio Elba Bonfim, economista e figura idónea foi o Presidente da Comissão Eleitoral da Universidade Pública de São Tomé e Príncipe.

No balanço do acto eleitoral, Acácio Elba Bonfim anunciou que 4 candidatos disputaram as eleições para o cargo de Reitor. No universo de 71 votos expressos, Eurídice Aguiar foi a mais votada com 39 votos, seguindo-se o professor Miguel Gomes com 24 votos.

Abel Veiga