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Banco Central Pinta de Negro o panorama macroeconómico de STP

O ano de 2023 tem sido “negro” para a economia de São Tomé e Príncipe. O retrato da situação macroeconómica nacional foi tirado, esta semana, pela vice-governadora do Banco Central.

Lara Beirão pintou assim o quadro «um ano em que durante os seis primeiros meses ainda não se começou a implementar o Orçamento Geral do Estado. Um ano em que não dispomos ainda do programa com o Fundo Monetário Internacional. Um ano em que começamos sem as reservas estratégicas ao nível dos carburantes. Um ano em que as reservas internacionais líquidas não têm dado resposta a procura em matéria de abastecimento do país face a dependência quer em bens, quer em serviços».

Um ponto de partida segundo a Vice-governadora do Banco Central que faz de 2023 «um ano de resiliência, dependendo da postura que todos nós adotarmos» – sublinhou para depois pontuar «se a postura for de aceleração, a partir de agora, conseguimos, pelo menos não comprometer os anos subsequentes. Para isso, esses próximos seis meses que faltam para fechar o ano deverão ser de aceleração nos mais diversos sectores».

O cenário, segundo esta responsável do Banco Central se deveu ao abrandamento da economia nacional nos últimos anos, agravado pela pandemia da Covid-19 “Estamos agora diante de um 2023 em que começamos com uma situação difícil e a solução passará, oxalá que consigamos, um acordo com o Fundo Monetário Internacional, oxalá, os engajamentos com os parceiros de desenvolvimento aconteçam, oxalá, e é o que se quer, que o país disponha de capacidade de absorção para que os seis meses vindouros sejam, suficientemente, de grande performance para que 2024 seja um ano de ascensão” – destacou.

Lara Beirão que falava durante o atelier de restituição do programa de apoio à transição e do primeiro plano nacional de investimentos sobre a economia azul em São Tomé e Príncipe, traçou a projeção do crescimento da economia nacional «no cenário base, São Tomé e Príncipe conheceria uma evolução de crescimento na ordem de 2% em 2028 e, com a economia azul, seria de 2.6% e, havendo um conjunto de medidas estruturantes, sobretudo, no setor de energia, chegaríamos aos 5.8%».

A vice-governadora do Banco Central de São Tomé e Príncipe defende a adoção de medidas para que a economia azul possa jogar um papel-chave no fortalecimento da economia nacional.     

José Bouças