Sao Tome
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MLSTP pediu comissão parlamentar de inquérito para investigar a crise dos combustíveis

O maior partido da oposição pediu à Assembleia Nacional a criação de uma comissão parlamentar de inquérito para apurar responsabilidades sobre a rotura dos combustíveis que afetou o país durante três semans.

Jorge Bom Jesus líder da oposição acusou o Governo de não agir com transparência.

Para o MLSTP/PSD, o mês de Junho é para esquecer. Jorge Bom Jesus começou por apontar a aprovação da lei interpretativa do sistema judicial. Segundo o Presidente do partido a lei interpretativa foi criada «precisamente para assaltar os tribunais, sobretudo o Tribunal Constitucional».

Uma lei que foi aprovada no dia das crianças, 1 de junho. Depois veio a crise dos combustíveis. O MLSTP acusou o governo de amadorismo na gestão do stock dos combustíveis.

O primeiro-ministro e Presidente da ADI, Patrice Trovoada, reagiu. «O senhor Jorge Bom Jesus e os seus acólitos deveriam tomar muito cuidado antes de abrirem a boca para dizer o que andaram a dizer. Essa gente é responsável pela situação em que se encontra o país. Deveria ficar calado», declarou Patrice Trovoada no aeroporto de São Tomé, quando regressava de um  périplo por África, Europa e América.

 Jorge Bom Jesus ripostou. «Este senhor é muito ditador e muito atrevido. O senhor não sabe viver em democracia. O MLSTP não se vai calar», frisou.

O carregamento de combustíveis que chegou a São Tomé, e que aliviou a rotura, foi comprado através de um crédito financeiro concedido pelo AFREXIMBANK, no valor de 30 milhões de euros.

«Curiosamente outra vez 30 milhões. São sempre 30 milhões. Esses dossiers que endividam o país e comprometem toda gente tem de passar pela Assembleia Nacional. Tudo isto tem que ser colocado a luz do dia. Esse país não é uma empresa como a ADI», denunciou o Presidente do MLSTP.

Jorge Bom Jesus revelou que o MLSTP vai introduzir na Assembleia Nacional pedido para criação de uma de Comissão Parlamentar de Inquérito. «Para se poder averiguar tudo isso», concluiu.  

 A crise dos combustíveis provocou chamas no ambiente político são-tomense.

Abel Veiga