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Nitrogênio em milho: quais fatores influenciam o parcelamento da adubação nitrogenada?

É conhecido que a cultura do milho apresenta respostas positivas significativas a adubação nitrogenada. Em média, são necessários cerca de 20 kg de Nitrogênio (N) por tonelada de grãos produzidos (Tabela 1). Em virtude do elevado potencial produtivo de híbridos de milho, é comum observar elevada demanda de N, sendo necessário adotar estratégias de manejo como o parcelamento da adubação nitrogenada, para potencializar a absorção desse nutriente pelas plantas e reduzir as perdas de N por lixiviação, volatilização e/ou escoamento superficial.

Tabela 1. Extração média de nutrientes pela cultura do milho destinada a produção de grãos e silagem em diferentes níveis de produtividades.

1/ Para converter P em P2O5; K em K2O; Ca em CaO e Mg em MgO, multiplicar por 2,29; 1,20; 1,39 e 1,66; respectivamente. Fonte: Coelho (2006)

Visando um manejo assertivo da adubação nitrogenada em milho, algumas recomendações devem ser seguidas. Além da expectativa de produtividade, cultura antecessora e teor de matéria orgânica do solo, a populações de plantas é um importante fator a se levar em consideração na adubação nitrogenada na cultura do milho. Segundo Eicholz et al. (2020), quando a densidade de plantas for superior a 65.000 plantas ha-1, deve-se elevar a dose de N em 10 kg ha-1, para cada incremento de 5.000 plantas ha-1, além disso, os autores destacam que para produtividades superiores a 10 t ha-1, é necessário aumentar a dose de nitrogênio de 10% a 40%.

No sistema plantio direto (SPD), recomenda-se aplicar entre 20 e 40 kg ha-1 de N na semeadura, quando esta for feita sobre resíduos de gramíneas, e entre 10 e 20 kg ha-1 de N, quando a semeadura for sobre resíduos de leguminosas. Resultados expressivos de produtividade têm sido observados com a antecipação da adubação nitrogenada em cobertura para os estádios fenológicos de três a cinco folhas (V3 a V5) no SPD. Além disso, o fracionamento da adubação nitrogenada é estimulado quando a dose de N a aplicar é elevada, podendo-se aplicar 50% da dose quando as plantas estiverem nos estádios fenológicos V4 a V6 e os 50% restantes, nos estádios V8 a V9 (Eicholz, et al., 2020).

Nesses períodos, importantes componentes de produtividade do milho são definidos, tais como o potencial de fileiras por espiga (V6), afetando diretamente a produtividade final da cultura. Logo, o parcelamento da adubação nitrogenada além de reduzir as perdas de Nitrogênio no ambiente, potencializa a formação de componentes de produtividade do milho, refletindo em maiores produtividades da cultura.

Cabe destacar que o esquema de parcelamento da adubação nitrogenada pode variam em função da dose e características de solo, como textura. Sugestões para a aplicação parcelada de nitrogênio na cultura do milho em função da textura do solo e dose de N podem ser observadas na tabela 2.

Tabela 2. Sugestões para aplicações parceladas de nitrogênio em cobertura na cultura do milho.

1/Se as plantas apresentarem sintomas de deficiência, pode-se fazer aplicação suplementar de nitrogênio, em período anterior ao indicado. 2/Em milho irrigado por aspersão, a aplicação de nitrogênio via água, possibilita maior flexibilidade no número de parcelamento. Aplicar na semeadura 30 kg de N ha-1. Fonte: Coelho (2006)

Referências:

COELHO, A. M. NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO DO MILHO. Embrapa, Circular Técnica, n. 78, 2006. Disponível em: < https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/490410/1/Circ78.pdf >, acesso em: 21/09/2022.

EICHOLZ, E. D. MISOSUL: INFORMAÇÕES TÉCNICAS PARA O CULTIVO DO MILHO E SORGO NA REGIÃO SUBTROPICAL DO BRASIL: SAFRAS 2019/20 E 2020/21. Associação Brasileira de Milho e Sorgo, 2020. Disponível em: < https://www.agricultura.rs.gov.br/upload/arquivos/202011/23092828-informacoes-tecnicas-para-o-cultivo-do-milho-e-sorgo-na-regiao-subtropical-do-brasil-safras-2019-20-e-2020-21.pdf >, acesso em: 21/09/2022.

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