urgência, ele vai pedir ajuda para os amigos de outro estado. As autoridades desconfiam que “essa ajuda” pode ser de integrantes do PCC radicados na região Centro-Oeste do país.
Dinamite e explosivo C4
Em outro trecho, o faccionado diz compreender a dificuldade para atacar os representantes do Ministério Público e da Polícia Federal, mas relata que em relação aos dois delegados da Polícia Civil de São Paulo, não haveria problemas em concretizar tal ação.
Segundo o faccionado, qualquer dependente químico poderia atacar o delegado que atua na Cracolândia: “Basta colocar um noia para apagar o farol dele”, diz uma linha do bilhete.
O autor da mensagem afirma ainda que o PCC recebeu pedaços de C4 e explica que são poucos os integrantes da facção criminosa que sabem manipular o explosivo. Ele pede aos faccionados para que “instruam uma amiga a manusear o material” e encerra dizendo que “assim que tivermos o retorno vamos por os planos em ação”.
O preso flagrado com os bilhetes na cela foi trazido para São Paulo e ouvido no Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), unidade da Polícia Civil.
Ele negou a posse das mensagens, disse não saber nada a respeito, afirmou não pertencer a nenhuma facção criminosa e se comprometeu em fornecer material gráfico para tentar provar que não é o autor dos manuscritos.
O prisioneiro pode ser denunciado pelo Ministério Público à Justiça pelos crimes de ameaça e associação à organização criminosa. E também corre o risco de ser transferido para um presídio federal.
A reportagem não conseguiu contato com os advogados do preso, mas publicará na íntegra a versão dos defensores dele assim que houver uma manifestação.
UOL