O artista Dino D’Santiago ofereceu-se para ajudar a pugilista cabo-verdiana, medalhista de ouro no último Campeonato Africano de Boxe, Nancy Moreira, a pagar as dívidas contraídas para participar na referida competição, que aconteceu de 25 de julho a 5 de Agosto de 2023, em Yaoundé, Camarões.
Um gesto nobre do conceituado artista cabo-verdiano que ofereceu dois mil euros, o valor do seu cachet de um show, à pugilista, e prometeu ainda incentivar outros artistas a ajudarem.
A atleta residente em Portugal teve que recorrer a empréstimos bancários (seis mil euros) para conseguir participar no evento africano, prova que sagrou-se campeã de peso meio-pesado (63-66 quilos).
“Fui medalha de ouro e graças a Deus o esforço foi compensado, mas as dívidas ficaram. Diariamente recebo muitas mensagens de apoio e força para não desistir mesmo passando por situações que agora não vale a pena falarmos”, disse a medalhista de ouro ao CrioloSports.
Um gesto para incentivar mais a atleta
“Uma dessas pessoas que me enviou mensagem foi o Dino D’Santiago, me felicitando do feito conseguido e oferecendo ajuda financeira para repor o valor que eu gastei no campeonato africano em Yaoundé, Camarões, que foi o total de 6 mil euros. “, revelou a atleta Bolseira de Solidariedade Olímpica para Paris 2024.
“Dino D’Santiago me enviou dois mil euros e garantiu que iria entrar em contato com outros artistas para que eu possa pagar o empréstimo que contraí“, disse.
Orgulho
“O mundo tem pessoas boas e o Dino Santiago é uma delas”, concluiu.
Em entrevista ao CrioloSports, Dino D’Santiago diz que sentiu um grande orgulho da conquista da cabo-verdiana e não quer que ela se sinta só nesta jornada.
“Quero somente que a Nancy não se sinta só nesta jornada. Sou filho de uma família onde as mulheres são a nossa força. Quando vi que uma mulher cabo-verdiana se sagrou Campeã Africana, senti o sonho Pan-africano de Amílcar Cabral a cumprir-se. “, disse.
O artista acredita ainda que a pugilista merece ainda mais de todos os cabo-verdianos pelo feito.
“O meu gesto foi simbólico, comparado com o que todos nós devemos ao feito da Nancy, NU DJUNTA MÔ I NU BAI”.
C/ CrioloSports
